sexta-feira, 6 de julho de 2018

Festa da colheita - uma pregação

A alguns anos recebi esta pregação do pastor Horst Kuchenbecker.
O pastor Horst é pastor emérito da Igreja Evangélica Luterana do Brasil, residindo em Porto Alegre, RS.
Esta pregação expressa muito bem o que é a Festa da Colheita e como o povo de Deus, do século 21, mesmo que não colha alimentos, colha o salário no final do mês, precisa continuar grato ao Senhor.
O inimigo, com suas tentações, não quer que ofertemos. Pois quando os cristãos param de ofertar, a obra do Senhor também para. Leia, reflita e oferte com gratidão.

Festa da Colheita
O pão nosso de cada nos dá hoje.


Introdução
      Hoje queremos celebrar a Festa da Colheita. É dia de júbilo e de agradecimento a Deus. Louvai ao Senhor, porque ele é bom e a sua misericórdia dura para sempre. (Sl 107.1)
     A Festa da Colheita foi instituída por Deus e ordenada ao povo de Israel. (Ex 23.16; 34.26; Nm 28.10; Dt 26.10) Deus não repetiu esta ordem no Novo Testamento, mas o espírito de gratidão permanece em todos os tempos. Diariamente temos muitos motivos para agradecer a Deus, o doador da vida. Confessamos: “Creio que Deus me criou e meu deu corpo e alma. Ele me sustenta, protege, guarda, sem nenhum mérito ou dignidade da minha parte. Por tudo isso devo dar-lhe graças e louvor, servi-lo e obedecer-lhe.” Sobre tudo ele nos dá o pão da vida, o Evangelho. Por esta razão, muitas comunidades destacam um domingo apropriado para agradecer a Deus pelas bênçãos espirituais e materiais, e celebrar neste domingo a Festa da Colheita.
     A Festa da Colheita oferece uma boa oportunidade para relembrar o Doador de todas as coisas, lembrar nossa alegre obrigação de agradecer a Deus diariamente por todas as bênçãos e lembra que devemos usar tudo para o bem do próximo e a glória de Deus. 
     Poucos de nós, talvez, tiveram o privilégio de participar de grandes colheitas, como por exemplo a colheita do arroz, do trigo, da soja, etc. Que alegria e júbilo há no início e no fim de uma colheita. Nas grandes estância, o fim de uma colheita é amplamente festejado. E em nossas comunidades do interior a Festa da Colheita ainda é festa. Culto festivo, almoço comunitário, recreação à tarde. Isto passa por vezes desapercebido nas cidades. Daí a importância de também nas cidades celebrarmos a Festa da Colheita.
     Desde a queda do homem em pecado, a luta pelo pão de cada dia é árdua. Pois Deus amaldiçoou a terra, e disse: “Maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida.  Ela produzirá também cardos e abrolhos, e tu comerás a erva do campo.  No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás.” (Gênesis 3.17-19)
     Desde aquele dia, o mundo está cheio de preocupações, insônias, inimizades e guerras pelo pão; ou como se diz hoje, a luta entre capital e trabalho. Em sua ganância, o homem procura tomar as rédeas do mundo em suas próprias mãos e não dá ouvidos a Deus, desrespeita as leis da natureza e, em sua ganância, destrói a terra, causando a si próprio e as gerações futuras muitos sofrimentos.
     Em meio a esta luta e ansiedade pelo pão, é importante, refletirmos sobre a quarta petição do Pai Nosso: O  pão nosso de cada dia nos dá hoje.

1 – A ordem para pedir o pão de cada dia.
     Quão consolador, nestes dias de desemprego, preocupações e ansiedades pela vida,  saber que Jesus ordenou a seus filhos levarem também estas suas preocupações materiais a ele e ele prometeu ouvir e socorrer. Quão consolador saber que Jesus ordenou orar pelo pão de cada dia. O próprio Jesus, que era rico e se fez pobre por amor de nós, (2Co 8.9) sofreu muitas necessidades e não tinha onde reclinar sua cabeça. (Lc 9.58) Seus discípulos colheram espigas ao longo do caminho para mitigarem a forme. (Mc 2.23) E para que pudessem pagar o imposto do templo, pois eram pobres e não tinham nada, Jesus teve que realizar um milagre especial, para terem com que pagar. (Mt 17.27) Assim Jesus viveu esta oração com seus discípulos e os ensina a orar e confiar na graça do Pai celestial.

2 – O ponto de partida
    Ao aproximarmo-nos da quarta petição do Pai Nosso, é preciso lembrar que a petição está inserida no contexto do Pai Nosso, no qual ocupa o quarto lugar. Nós oramos esta petição no espírito das três primeiras petições. No espírito desta oração, o pão não é a coisa principal na vida, mas o reino de Deus. Jesus ordenou, dizendo: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” (Mateus 6.33) A justiça do reino é a graça de Cristo, que nos é oferecida na Palavra de Deus e nos sacramentos. Por esta graça, que recebemos pela fé, temos paz e comunhão com Deus. Então, na qualidade de filhos de Deus pela fé em Cristo, temos um novo propósito de vida. O nosso viver é Cristo. (Fp 1.21) Não vivemos mais para nós mesmos, no simples propósito de aproveitar a vida, mas temos uma missão muito importante a cumprir: Proclamar o evangelho ao mundo, para salvação de muitos. E o Pai, que ordenou orar assim, prometeu ouvir e atender a oração de seus filhos.

3 – O Pão
    Que é o pão de cada dia? Lutero responde no Catecismo Menor: “Tudo o que pertence ao sustento e as necessidades da vida, como por exemplo: comida, bebida, vestes, calçados, casa, lar, campos, gado, dinheiro, bens, consorte fiel, filhos piedosos, empregados fiéis, superiores piedosos e fiéis, bom governo, bom tempo, paz , saúde, disciplina, honra, leais amigos, bons vizinhos e coisas semelhantes.” Tudo isto está incluído neste pedido. Cada título contém outros tantos itens. Tudo isso podemos levar confiante ao nosso Pai celestial e saber que ele nos ouve e atende por amor a Jesus. Ele não atende a todos de modo igual. A um ele dá mais, a outro menos. Ele sabe o que serve para o bem de cada um. Não há aqui um socialismo igualitário. Há o amor, quer para o patrão e o empregado, o rico e o pobre. Vivem da dádiva, maior ou menor de Deus e devem aprender de Deus a repartir. Disto a palavra “nosso” nos lembra. 

4 – Nos dá 
     Este é o pedido. “Que Deus, por sua graça, nos dê o pão nosso de cada dia, isto é, tudo o que pertence ao sustento nesta vida., mais uma vez Lutero coloca a pergunta em seu Catecismo: O que significa isto? Deus na verdade, dá o pão de cada dia, mesmo sem a nossa prece, a todos os homens, também aos ímpios. Mas suplicamos nesta petição que nos faça reconhecê-lo e receber com agradecimento o pão nosso de cada dia.”
    Através desse pedido, Deus nos lembra que o sustento vem de sua mão. O poeta sacro o expressa assim:
Do poder de Deus depende
tudo o que o homem empreende,
e não de outro bem qualquer.
Quem puser sua esperança
no Senhor, de certo alcança
tudo quanto lhe couber.
(Hinário Luterano 478.1)
     Isto nos leva a louvar a Deus e receber tudo com agradecimento. O próprio Salvador Jesus nos deu exemplo. Por ocasião da multiplicação dos pães, tomou os pães e os dois peixinhos em suas mãos e agradeceu a Deus pelo alimento. (Mt 28.30) Após sua ressurreição, ao Jesus estar assentado à mesa com os discípulos de Emaús, tomou o pão em suas mãos e deu graças. (Lc 24.30). E Moisés admoesta o povo: “Comerás, e te fartarás, e louvarás o SENHOR, teu Deus, pela boa terra que te deu. Guarda-te não te esqueças do SENHOR, teu Deus, não cumprindo os seus mandamentos, os seus juízos e os seus estatutos, que hoje te ordeno;  para não suceder que, depois de teres comido e estiveres farto, depois de haveres edificado boas casas e morado nelas;  depois de se multiplicarem os teus gados e os teus rebanhos, e se aumentar a tua prata e o teu ouro, e ser abundante tudo quanto tens, se eleve o teu coração, e te esqueças do SENHOR, teu Deus, que te tirou da terra do Egito, da casa da servidão.” (Deuteronômio 8.10-14)
     Deus não nos concede mais o pão sem trabalho, como ao povo de Israel. Ao povo de Israel, durante a peregrinação no deserto, Deus deu o alimento diretamente sem trabalho. De manhã podiam colher o maná e à tardinha recolher as codornizes. Também as roupas não se desgastaram durante os 40 anos de peregrinação. Mas a nós, Deus ordenou o trabalho, pelo qual quer nos dar sua bênção. Deus disse: “Porque, quando ainda convosco, vos ordenamos isto: se alguém não quer trabalhar, também não coma.” (2Ts 3.10) E: “Do trabalho de tuas mãos comerás, feliz serás, e tudo te irá bem.” (Salmos 128.2) O trabalho é o meio pelo qual Deus nos dá o sustento. Por isso o cristão considera o trabalho não simplesmente uma necessidade, mas um dom de Deus, e o amor ao trabalho uma grande virtude que deve ser incentivada nos filhos desde pequenos.
     Trabalhamos sob a ordem e a promessa de Deus, para a glória de Deus e o bem estar do próximo, confiando na bênção de Deus. Ao mesmo tempo, o trabalho é um grande remédio contra o pecado. Ele nos ajuda a dominar nossas inclinações carnais e viver vida santificada. Pelo trabalho Deus nos dá o pão de cada dia. Pois, “Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.” (Salmos 127.1)
     Em nosso munto da tecnologia, da máquina, dos recursos dos fertilizantes e da medicina, o homem se esquece frequentemente do doador e julga que tudo isso é seu esforço e trabalho. Precisamos ser lembrados: Em vão trabalham se o Senhor não cuidar da casa e abençoar. E quando reconhecemos que tudo é dádiva imerecida, queremos agradecer a Deus.

  • Mas quantas vezes o esquecemos?
  • Quem ao se levantar de manhã faz ainda o sinal da cruz e sua oração de agradecimento a Deus?
  • Quem ao se sentar à mesa para a refeição agradece a Deus pelo alimento?
  • Da mesma forma à noite, antes de deitar?
  • Quem reconhece e quem vive a vida em permanente gratidão a Deus?
  • A oração pelo pão de cada dia nos lembra de nossa dependência de Deus, nos exorta à gratidão e nos estimula à súplica. 

5 - Nosso
     A palavra “nosso” merece atenção. Ela aparece a segunda vez no Pai-Nosso. Ela nos lembra que somos simples mordomos, administradores das bênçãos de Deus. E Deus no-las concede para que as administremos para a glória de Deus e o bem estar de nosso próximo, dentro das responsabilidades que Deus nos concedeu.
     Mas, é também no trabalho que o cristão enfrenta diariamente grandes lutas. Pois o mundo não vê o trabalho assim. Para o mundo, o trabalho é fonte lucro. É pelo trabalho que os ímpios revelam toda sua ganância, avareza e cobiça. E quem não lutar assim é explorado, humilhado e rejeitado. Daí a constante luta entre o capital e o trabalho. Por isso o apóstolo Paulo lembra: “De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento.  Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele.  Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes.  Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição.  Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores.” (1Timóteo 6.6-10) Os cristãos precisam suportar muitas injustiças, quer como donos e patrões ou trabalhadores e empregados. Mas eles sabem que o seu Pai celestial conhece suas necessidades e tribulações. Por isso recorrem a ele e lhe suplicam amparo e força para serem, também no trabalho, sal e luz da terra. (Mt 5.13)

6 – Hoje
     A palavra “hoje” é significativa nesta oração. O evangelista Lucas coloca isso assim “dia a dia”. (Lc 11.3) Por esta palavra Deus tira de nos a preocupação pelo futuro que costuma nos martirizar. Assim como Deus nos proibiu auscultar o futuro (Lc 19.31), também não quer que andemos ansiosos quanto ao futuro. Isto não significa que Deus tenha proibido planejar e economizar para o futuro (1Co 9.7; Ec 3.6). Mas, quando planejamos e procuramos economizar, facilmente somos enganados por nossa carne, e a ansiedade e o medo podem dominar o nosso coração. Esta preocupação ansiosa é falta de confiança na  misericórdia de Deus. Quando esta ansiedade nos domina, ela nos tira a alegria da vida, impede que tomemos tempo para o culto, ofertemos para o reino de Deus e ajudemos ao próximo. Por isso Deus nos admoesta: “Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?  Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves?  Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?  E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam.  Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.  Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé?  Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos?  Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas.” (Mateus 6.25-32) O apóstolo Paulo admoesta: “Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes.” ( Timóteo 6.8) Assim a palavra “hoje” põe um limite às nossas preocupações. E tira de nós a preocupação ansiosa pela vida.
    Mesmo assim a luta é diária e árdua. Nossa carne não confia em Deus. Diariamente se levantam novas preocupações em nosso coração. Nem sempre conseguimos desvendar logo as ciladas que Satanás nos arma. Cabe nos lutar, suplicar a Deus que nos guie e ajude a afogar as preocupações. Cumpre-nos vigiar para que as preocupações não “sufoquem a palavra” (Mt 13.22) em nosso coração. O apóstolo Pedro diz: “Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.” (1Pedro 5.7) Pelo estudo da Palavra de Deus e a oração perseverante, recebemos forças para lançar as preocupações sobre Deus e confiar em sua graça. O salmista afirma: “Fui moço e já, agora, sou velho, porém jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão.” (Salmos 37.25) Muitos são os exemplos daqueles que nos momentos de grande aflição e necessidades clamaram ao Senhor. E onde não havia mais esperanças, Deus abriu caminhos e trouxe auxílio. Ele é socorro bem presente nas tribulações. (Sl 46.1)

7 – A cruz
     Estas afirmações e palavras consoladoras, talvez não respondem todas nossas indagações. Por exemplo, quantos cristãos piedosos, que trabalham com honestidade e oração, sofre grandes injustiças, padecem fome e nudez, calamidades e/ou perseguições. A carta aos Hebreus relata sobre eles, (Hb 11.36-38) e a história da Igreja Cristã está cheia de relatos sobre grandes sofrimentos muitos filhos de Deus sofreram, quer em períodos de perseguições, de guerras, de calamidades e catástrofes da natureza e mesmo em períodos de paz. Ainda hoje muitos estão suportando árdua cruz. Como vamos explicar isso?  Não temos como explicar. Os caminhos de Deus são insondáveis (Rm 11.33). Diante de tragédias e sofrimento, de injustiças e calamidades, cabe-nos lembrar a Palavra de Deus: “Fortalecendo a alma dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé; e mostrando que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus.” (Atos 14.22) Lembrar também o que Deus disse pelo profeta: “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais.  Então, me invocareis, passareis a orar a mim, e eu vos ouvirei.” (Jeremias 29.11-12) Por estas provações e tribulações, Deus educa seus filhos, como educou o povo de Israel no deserto. Através de tribulações  põe nossa fé à prova para a fortalecer, a fim de não voltarmos a amar o mundo e perecer com ele, mas alcançar o fim que desejamos, a salvação de nossas almas. E em meio às tribulações, quando o invocamos, experimentaremos o seu poder. O apóstolo Paulo afirma que em meio a todas as aflições, Deus prometeu: “De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei.” (Hebreus 13.5) E: “Renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade.” (Lamentações 3.23) “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam.” (Salmos 23.4) Em tudo somos mais do que consolados. Aqui “gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo.  Porque, na esperança, fomos salvos. Ora, esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera?” (Romanos 8.23-24)

Conclusão
   Ao pedirmos: “O pão nosso de cada dia nos dá hoje,” o fazemos no espírito das três primeiras petições, nas quais pedimos o pão da vida, como Jesus o ordenou: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.  Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.” (Mateus 6.33-34) Oramos a oração como peregrinos que olham para a pátria celestial, como diz o apóstolo Paulo: “Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo,  o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas.  Portanto, meus irmãos, amados e mui saudosos, minha alegria e coroa, sim, amados, permanecei, deste modo, firmes no Senhor.” (Filipenses 3.20-4.1) Oramos esta oração pedindo os recursos necessários para podermos cumprir a missão que Deus nos confiou durante os dias de nossa peregrinação, a saber, proclamar o Evangelho. Oramos esta oração pedindo que o Espírito Santo nos guarde de preocupações ansiosas e nos ensine a usar os recursos para a glória de Deus e o bem estar do próximo, “sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão.” (1Coríntios 15.58) 

Nenhum comentário:

Postar um comentário